Também vai acontecer com você

Você – que sempre foi o primeiro da turma, sem nunca esquecer sua agitada vida social, que ouve de Rolling Stones a Chico Buarque, entende tudo de literatura e arte moderna – nunca havia de fato acreditado que o amor lembraria de aparecer, não é mesmo?

Tudo bem, você nunca foi de se jogar fora e sua fama de galanteador era real. Teve alguns namoricos bobos, besteira qualquer. Mas nada comparado á falta de ar que agora toma seu peito, ás lágrimas sem sentido ou á súbita paixão e estima por si mesmo.

De repente você se vê em meio a uma existência graciosa, interessante, e por vezes sofrida. Você passa a gostar de coisas que nunca havia imaginado, passa a ser mais tolerante e a achar todos mais bonitos, mais vivos. Você lembra de como era antes e sente pena do seu antigo eu, e percebe que tudo aquilo que você já fazia, todo o conhecimento que já tinha não mais lhe é suficiente. Você precisa de mais você, e pra isso precisa desse estímulo, essa energia tão terna que é o amor. Mas isso não acontece só com os outros?, você se pergunta.

É então invadido por uma agradável confusão, uma gostosa incerteza do futuro, e ao mesmo tempo uma confiança gigante de que o futuro será grandioso, bonito. Você decide viver algo novo, e se estira então num banho de sensações desconhecidas, de expectativas diferentes, de acolhimento e adrenalina.

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Queria te dizer

o que se passa

o que me laça

o que me rasga

quando tu passas.

Me fazer entender

o que me corre

o que me corta

o que em mim morre

quando vais embora.

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People tell me to forget him, to give love a chance with somebody else. But, for God, i don’t want to forget him, he’s so good to me, why should i want to forget him?
I like being by his side, i worry about him, i want him to be ok and safe and happy, i think this is love, isn’t it?
And i don’t think it’s possible to forget someone you truly love. If i only wanted… But i really realy don’t.

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Escuta aqui

Tu mudou, porra. Mudou de verdade, sabe? Tá fria, displicente, misteriosa demais, magra demais. Queria te mandar á merda por estar assim. Mas a verdade é que essa tua foto que tu nunca tira daí, essa que tu tá sorrindo, me faz lembrar de como tu era, ou de como tu finge não ser mais, e me dá uma saudade. Daí passa o impulso de te ofender. Me dá vontade de te trazer de volta, juro. É que as pessoas que tocam nossa vida deixam suas digitais… E não foi diferente contigo.

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Já revirei tudo aqui dentro. Procurei, não achei. “Peraí, tem que ter alguém”, eu pensei. Procurei com mais vontade de achar, mas não encontrei em lugar algum da minha memória. Não acredito que exista alguém que tenha algo tão bonito e verdadeiro como o que a gente tem.

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A Casa/Eu

Hoje eu e minha família fomos no nosso provável futuro apartamento, medir as peças pra ver se vai caber tudo. Parei, de verdade, pra pensar como vai ser essa mudança. Deu aquele sentimento estranho, aquela saudade antecipada da casa onde morei minha vida inteira. Essa casa me viu crescer. Todas as minhas mudanças aconteceram aqui. De quantas maneiras diferentes já me viu essa casa

… No colo dos meus pais, num carrinho de bebê, tentando alcançar a maçaneta, tropeçando e ralando o joelho aqui na frente, acompanhada de amiguinhas da escolinha, recebendo os coleguinhas pra festinha de aniversário, colorindo algum trabalhinho, em intermináveis jantas de amigos dos meus pais, brincando de esconde-esconde com as amigas da minha irmã… Quantas vezes já me achei grande quando não era aqui em casa, e agora provavelmente me julgo maior do que sou, e tô aqui. Quantas vezes já chorei por coisas idiotas, fiz birra, agi como se tivesse razão, baixei a cabeça quando sabia que não deveria (tá, isso foram poucas vezes), quantas pessoas já entraram aqui comigo que não significavam nada pra mim, e de repente significam tudo… Quantas vezes já me senti triste, esperançosa, com saudades, com medo, indecisa, irritada, com preguiça, tantas vezes entrei aqui me sentindo na maior felicidade! Tantas vezes sentei na minha janela, parei, olhei o céu, me emocionei com alguma música, texto, pessoa. Tantas vezes tive briguinhas bobinhas com a Isabella. Tantas vezes tentei chorar baixinho, ou rir baixinho, tantas vezes minha mãe veio furiosa me mandar dormir.

Sinto essa mudança como o início de uma nova fase. Talvez uma fase mais independente, mais responsável, mais determinada. Talvez menos. Acho que me despedir dessa casa é como me despedir dessa parte de mim, essa parte meio imatura que ás vezes fala mais alto, me faz ser mais impulsiva… Ou talvez eu só mude de endereço, mesmo. Vai ser bom.

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Calma, meu bem, não te assusta com o meu amor. Sei que ás vezes sou meio invasiva, um pouco grudenta… “Don’t mind me, I don’t know how to act when you’re around”.

É que não é como costuma ser, na verdade é bem diferente. As pessoas me dizem pra te pôr contra a parede, ver qual é que é… Mas eu não sou assim, não é isso o que eu quero. Eu não quero cobranças, stress, decisões difíceis, eu só quero estar lá, entende? Pra segurar tua mão, pra te dizer o que me vier à cabeça e sentir que tu entende. Eu só quero ficar perto de ti, ficar á par dos teus sonhos, ver que tu quer ficar á par dos meus. Quero sentir que tu é meu número, que existe alguém pra “me atrapalhar nos meus planos de  viver sem ninguém”. Quero sentar contigo por um momento e conversar pra sempre só pra passar o tempo.

Acho que agora eu sei o que é amor.

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Meus amigos já cansaram de me ouvir

então vim aqui pra tirar um peso de mim, mas ele não vai sair. Já me lamentei pra desconhecidos, o conselho é sempre “Calma, deixa isso em segundo plano por agora. Vive”.

Tô vivendo. Mas algumas coisas só fazem eu abrir meus olhos, e daí dói. Faz parecer que tem alguém segurando meu coração e apertando, apertando, até deixar ele amassado, assim meio deformado, sem saber como vai ser visto agora. Quero pular o desenrolar da história, sei que é errado, mas quero o desfecho, seja ele bom ou ruim. E se for ruim, é porque é pra ser assim. Daí eu já sei o que fazer. Vou agradecer. Porque é sempre bom. Amor é sempre bom, mesmo quando é ruim, sabe?

It’s a beautiful thing when you love somebody.

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Crise?

…e daí? Chega um momento em que eu digo pra mim mesma:

Para! Pensa. Não exagera, não generaliza, não faz tempestade em copo d’água, não começa com suposições trágicas. Que mania de querer drama! Felicidade é bom, não é? Então CALMA. Ok. Tranquila? Que bom. Agora vai, tu vai viajar, vai relaxar, parar de ver isso como algo trágico e começar a ver como o fator que faz dessa fase que tu tá vivendo, a melhor fase que tu já teve até agora. Isso. Agora vive, que tem muita vida pela frente, e com a vida, vem o amor. E amor é bom.

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dois mil INOVE

Sim, de fato foi o que mais fiz nesse ano que passou: inovei. Não que muito tenha mudado, na maior parte do meu ano, as coisas continuaram – pro meu desespero – iguais a como sempre foram. Mas as pequenas mudanças, as pequenas maneiras que eu encontrei de beber uma dose do novo me trouxeram sorrisos sinceros.

Hoje, dia 30 de dezembro, por exemplo, permaneço estudando e lutando pra passar de ano (me livrei das notas medianas que sempre me entediaram). Tenho vivido uma fase diferente da vida, com uma leveza e uma harmonia que eu desconhecia. O amor está mais presente do que jamais esteve.

2010 começa em dois dias, e eu tô confiante de que vou realizar tudo aquilo que me interessa de maneira gloriosa, e tudo aquilo que não me interessa mas é preciso de maneira suficiente. Não precisamos de um novo ano pra inovar, pra pôr um ponto final e começar uma nova f(r)ase. Mas, querendo ou não, ao finalizar 2009 e me preparar pra chegada de 2010, me sinto renovada, me sinto confiante, sinto que cresci, amadureci e que gosto do que me tornei. E do que ainda vou me tornar. É uma página quase em branco, esperando pra ser ocupada com palavras, memórias e muita, muita intensidade. E eu adoro intensidade.

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